EUA e Trump, inimigos dos povos
Pedro César Batista
A postura de Donald Trump ao enviar a carta para o presidente Lula com ameaças caso não atenda suas ordens fazem parte da política colonial da Casa Branca. Nada disso é novo. Desde 1803, quando o presidente Monroe definiu a doutrina “a América para os americanos” tem sido prática comum ataques, invasões e destruição de nações, além de permanentes golpes de Estado, sejam nas versões tradicionais ou nova, com o uso de lawfair, a guerra híbrida contra os povos de Nuestra América, como destacou José Martí.
Cuba sobre um bloqueio cruel e mais longo da história há mais de 60 anos; Venezuela, desde a chegada de Hugo Chávez tem sido atacada, o que se aprofundou a partir da eleição de Nicolás Maduro, chegaram a inventar um autoproclamado presidente; Nicarágua, depois da vitória da revolução, em 1979, enfrentou duros ataques que causaram prejuízos profundos ao país, depois do retorno da FSLN, em 2006, os ataques foram retomados, chegando as guarimbas, em 2018; Haiti tem sido destroçado permanentemente, com o financiamento de grupos mercenários; Porto Rico foi feito colônia; El Salvador tem um governo que atua como verdadeiro capataz do colonizador para encarcerar os adversários aos milhares; recentemente deram um golpe na eleição no Equador. Não podemos esquecer o roteiro iniciado com o golpe em Honduras (2009), Paraguai (2012), Brasíl (2016), Bolívia (2019) e Peru (2022). Inclusive a ação direta da Casa Branca para colocar um fascista na Presidência do Brasil, em 2018.
Ao longo desses anos os EUA desenvolveram intensas campanhas pela mídia e pelas plataformas contra qualquer governo que ousasse defender os interesses soberanos de suas nações. Também contam com agentes serviçais, sejam nacionais ou o papel criminoso desenvolvido pela OEA na região. No Brasil, a grande imprensa, setores militares, o agronegócio e pastores atuam como ventríloquos dos interesses estadunidenses e contra o Brasil.
A ação de Donald Trump ao taxar em 50% a exportação de produtos brasileira representa mais um ataque contra a soberania do Brasil. O mesmo que fazem contra Irã, Venezuela, Cuba e tantos países. Trump ao usar a defesa de fascistas brasileiros, das plataformas e atacar os instrumentos do Poder Judiciário, somente comprova a necessidade de enfrentar com firmeza estes neocolonizadores. A ação de Trump é reflexo do desespero de um império em ruínas, os espasmos de um morto vivo.
A resposta deve ser a unidade de todas as forças antifascistas, antinazistas e antisionistas na defesa da soberania nacional, na aplicação da reciprocidade e no rompimento de relações com a entidade sionista, responsável pelo genocídio em Gaza. A luta dos palestinos é a luta pela soberania representada por todos os povos do mundo. É preciso reforçar os laços com os países que integram a CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos) e o BRICS.
A mobilização popular e da classe trabalhadora precisa enfrentar os imperialistas do Norte e avançar na construção de uma economia forte, voltada para o mercado interno e entre os membros da CELAC e BRICS, fora disso será subserviência aos nazisfascistas que governam os EUA.
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