Che Guevara, inspiração permanente



Pedro César Batista

Na história existiram pessoas que mostraram um nível de empatia em sua vida com a construção de uma sociedade em que a verdadeira solidariedade, o amor pleno e a dignidade fossem uma prática e valores comuns na sociedade.

Che Guevara mostrou isso de uma maneira inequívoca, sem precedentes, com sua dedicação aos mais frágeis, necessitados e oprimidos.

Filho de família da classe média argentina, faltando pouco para concluir o curso de medicina, saiu de casa e foi cuidar dos leprosos em uma comunidade peruana. Formou-se médico servindo os mais necessitados, dedicou-se inteiramente aos cuidados de doentes, flagelados e pobres por onde passou.

Che Guevara, em nenhum momento, dedicou-se a buscar o poder, impor-se para atender seus interesses individuais e mesquinhos para possuir bens, ter status que correspondesse ao conceito pequeno burguês de acumular riquezas, ser melhor que os outros, como propagado pelo capitalismo, um vencedor, impondo-se sobre os amigos, companheiros ou os mais necessitados para adquirir força e “se dar bem”.



Muito pelo contrário.

Che Guevara, quando conheceu Fidel Castro, na casa de Maria Antônia, no México, integrou-se aos remanescentes do assalto ao Quartel Moncada, organizados no Movimento 26 de julho, como responsável pelos cuidados médicos do grupo de jovens revolucionários, que embarcaram no Granma dispostos a libertar o povo cubano e construir uma sociedade de justiça verdadeira, socialista.

Che Guevara, durante os anos em combate na Sierra Maestra, mostrou que as dificuldades que possuía para respirar, devido a asma, não o impediam de atuar com dedicação, compromisso e firmeza de um verdadeiro revolucionário, comprovado em todas as batalhas até chegar em Santa Clara, a frente de uma gloriosa coluna vitoriosa. A ditadura estava derrotada, Che já era um dos principais dirigentes da Revolução, ao lado de Fidel, Camilo e Raul.



Che Guevara foi presidente do Banco Central de Cuba, dedicou-se a reorganizar a economia nacional, assim como o médico que tinha cuidado e salvado vidas nas florestas da América Latina. Assumiu o Ministério da Indústria, desenvolveu o trabalho voluntário com seu exemplo nas construções de moradias e no corte de cana. O dirigente revolucionário do Estado Cubano mostrou, com seus atos, como forjar um novo homem e uma nova mulher, com dedicação, exemplo e atitude, como dizia Martí: Fazer é a melhor maneira de dizer.



Che Guevara e Fidel Castro se tornaram as maiores figuras da construção de uma nova sociedade, onde a plenitude da beleza revolucionária fosse a prática permanente para organizar, unir e formar todo um povo, que se dispôs a ser um único exército, um único ser, capaz de enfrentar todas as dificuldades e seguir superando e derrotando o inimigo. Dois gigantes, mostrando a pureza da revolução ao mundo como um verdadeiro farol em Nossa América.

Che não parou depois da vitória da revolução cubana. Seguiu espalhando luz e seu exemplo para o mundo. Lutou na África, a solidariedade cubana libertou povos. Esteve por várias partes em todo o mundo, divulgou como deve ser a prática revolucionária, capaz de ser não apenas referencial, mas modelo, capaz de animar, formar e incentivar o companheirismo, o compromisso, a alteridade, a empatia e a dedicação verdadeira até os últimos esforços para que se efetive a justiça social, com a derrota plena da exploração capitalista, com pessoas que se sustentam com o egoísmo, a perversidade e o individualismo, gente que usa a traição, a covardia, o oportunismo e o mal caratismo para possuir privilégios, ocupar espaços, cargos e reproduzir a prática que sustenta a sociedade burguesa.

Che Guevara foi o modelo de uma pessoa em plena sintonia com os valores mais íntegros, verdadeiros, plenos e dignos de uma prática verdadeiramente humanizada, coerente e amorosa com os comportamentos revolucionários de uma sociedade nova, onde o respeito, a solidariedade e a moral revolucionária, que ele nos ensinou com toda a sua dedicação, possa ser alcançada em sua plenitude.



Che Guevara, na Bolívia, mostrou que a sua empatia não tinha limites, ele era mais um combatente lado a lado com os pobres da América Latina, do Caribe, da África, da Ásia e de todo o mundo. O ar que lhe fazia falta em suas crises respiratórias sobrava em seus mais puros sonhos, na sua ação desprendida e grandiosa que sempre será uma bússola na direção da construção da nova sociedade, na formação da moral de gente digna de ser chamada de esquerda, revolucionária e que possua a verdadeira chama para espalhar o amor e a total entrega com a conquista do socialismo e da plena liberdade humana, quando formos capazes de vivenciar o comunismo.

Che Guevara, mais do que nunca segue vivo, segue nos animando e sendo referencial para a prática da verdadeira moral revolucionária, que ele, Fidel, Lênin e alguns poucos mostraram durante sua vida.

Pedro César Batista, jornalista, militante internacionalista e anti-imperialista.

Comentários

  1. Comandante Ernesto Che Guevara, sigue luchando y construyendo un camino de justicia social, de lucha y emancipación de nuestros pueblos, en contra de la metástasis decadente del imperialismo yanqui.
    En el Siglo XXI, su ejemplo revolucionario se ha transformado en la solidaridad que es la ternura de los pueblos.
    ¡ Patria o Muerte Venceremos!.

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    1. Che Guevara es un amalgama que fortalece nuestra amistad y solidaridad. Los ejemplos y enseñanzas que de él siegue fortaleciendo la lucha contra los crímenes del imperio y por la dignidad humana. Venceremos!

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