Emendas parlamentares - excrescência política

A República instituiu a divisão de poderes, cabendo aos parlamentares fiscalizar as ações do executivo, elaborar leis e manter o permanente contato com os setores representados para cobrar o atendimento às suas necessidades. Isso foi alterado.

A instituição da emenda parlamentar criou uma nova situação. Reformar e construir prédios públicos, pagar salários de servidores, abrir e asfaltar estradas, estruturar escolas, hospitais e até bancar a cultura passou a ser um privilégio de parlamentares. Tornou-se comum governantes alegar que não têm recursos e dizerem para procurar tal parlamentar que ele resolverá o problema.

Com o governo miliciano a situação ficou mais grave e degradante. Foi instituído o orçamento secreto para a execução de políticas públicas a nível da União, de tal forma que parlamentares ligados ao fascista usam a seu bel prazer dezenas de bilhões para manterem suas clientelas, fazer caixa para campanhas eleitorais e garantirem no governo um presidente genocida.

A eleição de 2 de outubro não tem equidade. Quem tem mandato libera emendas para garantir votos, contratar cabos eleitorais e propagar que executou, construiu ou fez uma ação. No DF cada deputado distrital teve 13 milhões de reais por ano durante o período de mandato. Isso se repete, com valores semelhantes em todos o níveis em todo o território nacional. Muitos candidatos a reeleição tem somente o discurso do uso das emendas parlamentares.

Tem parlamentar que condiciona a liberação de emenda ao apoio para a reeleição. Já os parlamentares ligados ao grupo fascista tem a disposição bilhões. Compra de voto, uso do dinheiro público, manipulação, se tornou legal.

Quem não tem mandato e busca se eleger entra na disputa enfrentando o poderoso esquema das emendas parlamentares, manipulação institucional dos papéis a serem desempenhados.

Inaceitável. Distorção dos papéis institucionais, crime legalizado, que precisa ser extinto, sob risco dos Parlamentos ficarem pior do que são, com gangsters, carreiristas e oportunistas de todos os tipos se autointitulando representantes da sociedade, com mandatos comprados com o uso legal do dinheiro público através de emendas. Fazer obras, executar serviços, ordenar despesas são funções do executivo, não do parlamento.

#LulaNoPrimeiroTurno
#leandrograss43
#RoseSenadora133
#CadeiaParaBolsonaroeSuaQuadrilha

Pedro César Batista

Comentários