Trabalhadores no Pontal do Paranapanema avançam na luta por terra



Duzentas famílias de trabalhadores rurais de Rosana, região de Pontal do Paranapanema, Oeste do estado de São Paulo, ocuparam na manhã desta quinta-feira, 16, uma área pública de 350 alqueires, comprovam que há disposição e luta pela reforma agrária, contra a grilagem de terras públicas e pelo direito de viver e trabalhar no campo.



A região do Pontal do Paranapanema tem uma longa história grilagem de terras e de luta pela reforma agrária. Na região está a área identificada como 14º perímetro, a qual tem uma decisão julgada em todas as instâncias, com publicação em edital datada de 31 de março de 2020, que considerou todas as glebas dentro do perímetro, como terras públicas. Entre outras, na região estão os “grilos” conhecidos como Ponte Branca (12 mil – hectares), Fazenda Guaná (18 mil – hectares) e Fazenda Veneza (13 mil – hectares), onde a grilagem tenta se apropriar das terras públicas. Esta região tem mais de 80 mil hectares, que devem cumprir a função social, como previsto na Constituição Federal, ainda mais por serem terras do Estado, devolutas. O governo que deveria retirar os grileiros e destinar a terra para reforma agrária, nada faz. Quando age é para reprimir quem luta pela reforma agrária. A FNL diante da necessidade de milhares de famílias, omissão e conivência das autoridades com os grileiros, avança, ocupa e resiste. Foi nesta região que ocorreu na manhã de hoje, a ocupação da fazenda Santa Rita, terra grilada por Rafael Pereira Lemos, dentro do 14º perímetro. Mesmo com a decisão judicial de 2020, o Estado nada faz para que os grileiros sejam desalojados e as terras destinadas para assentar as milhares de famílias que buscam produzir e viver no campo.



As 200 famílias, organizadas pela FNL, seguem firmes e dispostas a defender a reforma agrária e garantir que as terras públicas sejam destinadas a produção da agricultura familiar, por segue em luta e combaterá até a vitória.

Setor de Comunicação FNL

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