Um povo que não detém sua marcha pela dignidade (UN PUEBLO QUE NO DETIENE SU MARCHA POR LA DIGNIDAD)

No momento de o presidente Daniel Ortega fazer o juramento, de cumprir a Constituição, todos os rapazes e moças presentes ao ato oficial levantaram a mão e repetiram o texto. O gesto, que foi repetido por milhões de nicaraguenses, é uma síntese do momento nacional, por isso a consigna #SomosPuebloPresidente.

Por Pedro César Batista*

Retornar à terra de Augusto César Sandino, Ruben Dário e Carlos Fonseca, depois de 31 anos, é uma grande honra, mais ainda por estar representando uma parcela dos revolucionários brasileiros, organizados no Comitê anti-imperialista general Abreu e Lima.

Delegação internacional do Brasil e República Dominicana com o deputado José Figueroa Aguilar, da FSLN

Em 1989, estava em Havana, de onde saí para os festejos do 10º aniversário da Revolução Sandinista, em Manágua; agora, retorno a Nicarágua para a posse do Presidente Daniel Ortega e da Vice-Presidente, Rosário Murillo.

Um novo mandato se inicia à frente desta pequena grande nação na América Central, após uma expressiva vitória eleitoral, em 7 de novembro de 2021, em uma eleição que contou com a participação de 65% dos eleitores aptos a votarem e 75% votaram na FSLN, mesmo sem o voto ser obrigatório. Uma representatividade desconhecida nos EUA ou nos países europeus, que têm em média 30% de participação do eleitorado em seus pleitos, ou no Brasil, onde votar é obrigatório e os votos válidos ficam na média de 50% do total do eleitorado.

Presidente Daniel Ortega e a Vice-Presidente Rosário Murillo fazem o juramento à Constituição na hora da posse

Em 1989, haviam decorrido dez anos, desde a vitória da Revolução, em julho de 1979, tempo que a Nicarágua enfrentou duros ataques organizados pelos EUA, a serviço das oligarquias nacionais e financiados pelo tráfico de drogas e contrabando de armas, com a coordenação da CIA. A ação terrorista, conhecida como Irã - Contras, deixou um saldo de mais de 50 mil mortos, destruiu indústrias, a produção agrícola e causou grandes perdas econômicas. A FSLN, resistiu e combateu com ousadia e coragem revolucionária em defesa da dignidade e soberania de seu povo, em nenhum momento recuou de sua tarefa histórica.

Em todo o país as mobilizações populares, com o povo em armas, homens e mulheres livres, mostravam a disposição em seguir o exemplo do general Sandino e do comandante Carlos Fonseca, comprovadas na disciplina e unidade para reconstruir a nação saqueada longamente pelos yanques e a oligarquia local.

Nesse ano, 1989, a FSLN decidiu fazer eleição presidencial, era preciso retomar a paz no país e dar um basta a guerra. A eleição terminou sendo vencida pela candidata das oligarquias, serviçal dos EUA, Violeta Chamorro. A FSLN e Daniel Ortega não vacilaram, a transmissão do cargo foi feita. Era tempo de trégua, era preciso derrotar a direita também institucionalmente.

Durante o período que a FSLN dirigiu o país, após a tomada do poder, foram realizadas inúmeras transformações estruturais, principalmente na educação, saúde e na criação de novos instrumentos do Estado, como a criação de forças militares ligadas ao povo e à revolução, como a Polícia Nacional. As transformações precisavam ser garantidas com a mobilização popular, com os instrumentos do Estado e com armas.

A direita ficou no governo por 16 anos, em eleições vencidas graças a fraudes e milhões de dólares, ainda assim os resultados foram respeitados pela FSLN. Os liberais desenvolveram uma política radical de exclusão social, desmontaram as conquistas revolucionárias, atacaram a educação e a saúde pública, privatizaram setores da economia e impôs políticas neoliberais, o que provocou o desemprego, aprofundou a miséria e deixou o povo abandonado, sem acesso às políticas governamentais ou do Estado. Até que, em 2006, Daniel Ortega elegeu-se presidente. Iniciou-se, então, uma nova etapa da revolução sandinista, com a implantação e o fortalecimento de políticas econômicas e sociais voltadas para garantir a dignidade popular e soberania da nação. Todas as conquistas da Revolução precisavam ser refeitas e ampliadas. E assim a FSLN fez e segue fazendo.

Uma posse presidencial massiva e juvenil

A sessão pública em 10 de janeiro de 2022, de tomada de posse de Daniel Ortega e Rosário Murillo para uma nova gestão presidencial teve a cara da revolução, da juventude, da força do povo organizado e da democracia, muito diferente do que os meios de comunicação a serviço dos EUA propagaram pelo mundo.

Recepção de Ortega ao presidente Nicolas Maduro

A Nicarágua tem mostrado ao mundo - o que é omitido pelos veículos a serviço dos EUA, como se dá a verdadeira democracia popular, seja com a expressiva participação do eleitorado ou com a votação que a FSLN recebeu, bem como a organização e mobilização permanente da classe trabalhadora e dos setores populares, da juventude e de mulheres. Enquanto isso, “os EUA vivem uma profunda crise democrática. Quantos milhões de norte-americanos não reconheceram as eleições em seu país? Há 700 norte-americanos presos nos EUA por protestarem no Congresso contra o resultado das eleições. Protestos que deixaram um saldo de sete mortos. O que eles são? São presos políticos”, afirmou Daniel Ortega. “Os EUA organizam o terrorismo, falam que não são terroristas e dizem defender a democracia”, continuou o presidente. “Não há mal que possa ser eterno”.

Durante seu discurso, com a firmeza e tranquilidade de um comandante revolucionário, Ortega relatou os crimes praticados pelos EUA contra Cuba, Venezuela e Nicarágua. “Se Biden tiver um pouco de respeito pelo Direito Internacional que cesse imediatamente o bloqueio contra Cuba e a República Bolivariana da Venezuela. Inventam crimes, como fizeram contra Alex Saab, que buscava garantir comida para o povo venezuelano e por isso o mantem encarcerado”. “Não somos inimigos dos EUA. Quando organizamos a ALBA não é [foi] para praticar atos terroristas, mas para vencer a pobreza e fazer a solidariedade”. O presidente Ortega relembrou que os EUA foram denunciados à Corte de Haia, que os condenou a indenizar a Nicarágua pelos prejuízos causados durante a guerra dos Contras: “vocês têm que cumprir o que diz a lei, devem indenizar os prejuízos e mortes causadas a Nicarágua”, dirigiu-se ao presidente Biden.

Na ocasião, foi comunicado pelo presidente Ortega a retomada dos acordos iniciados, na década de 1980, entre a Nicarágua e o presidente chinês, Deng Xiaoping, de projetos de combate a pobreza, conforme os preceitos de Mao tse Tung. Contou sobre os acordos sobre a nova rota da seda no século XXI, “a China veio dar a mão ao povo nicaraguense”. China e Nicarágua também desenvolveram projetos bilaterais para a produção agrícola e de moradias.

Durante a posse, evidenciou-se a formação de um bloco de nações que não se sujeita e não se sujeitará às imposições dos EUA e da União Europeia, e que de forma solidária, respeitosa e fraterna seguirá fortalecendo laços de amizade, de soberania nacional e de autodeterminação, na construção de um tempo de paz e respeito entre os povos. Lado a lado estavam os presidentes de Cuba, Nicarágua e Venezuela, representando a resistência revolucionária ao imperialismo e sua política neoliberal na América Latina e Caribe. Também estavam em Manágua o vice-presidente da China, o presidente de Honduras e delegações oficiais da Rússia, Índia, Japão, Irã, Turquia, Angola e dezenas de países de todos os continentes. Também se fizeram presentes ativistas da solidariedade internacionalista de todo o mundo.



Um dos fatos mais significativos durante a posse foi a presença de milhares de moças e rapazes, jovens e adolescentes, que, participaram da solenidade. Conversei com vários, que de forma uníssona, reafirmaram a importância da FSLN, da revolução e suas conquistas, as quais se sustentam e avançam com a unidade consciente do povo nicaraguense. No momento de o presidente Ortega fazer o juramento, de cumprir a Constituição, todos os rapazes e moças levantaram a mão e repetiram o texto. O gesto, que foi repetido por milhões de nicaraguenses, é uma síntese do momento nacional, por isso a consigna #SomosPuebloPresidente.

No mesmo dia da posse, os EUA e a UE anunciaram novas sanções contra a Nicarágua, comprovando a natureza criminal e terrorista dos imperialistas, que não respeitam a soberania dos povos e consideram toda nação que ousa ser soberana e livremente decidir seu destino, uma ameaça, por isso mostram seu medo e insegurança quando os povos se erguem e caminham de forma digna e soberana. Propagam a mentira, reproduzida em larga escala por seus veículos de comunicação, que os países socialistas são comandados por ditaduras, ao mesmo tempo que apontam uma líder que ficou de 2005 a 2021, Angela Merkel, como uma grande mulher, líder de uma democracia. Usam o discurso de acordo com seus interesses.

Nicarágua segue comprovando a força do povo organizado

Se em 1989 vi ruinas e resistência, desta vez vi belezas e alegria. O começo do quarto mandato de presidente Daniel Ortega mostrou a pujança dos trabalhadores, trabalhadoras, camponeses, camponesas, homens e mulheres e da juventude organizada, consciente e mobilizada para avançar na construção de uma sociedade cada vez mais justa, democrática e igualitária.

Entrada do Porto Salvador Allende, Centro de lazer em Manágua.

Ao longo de 15 anos, o governo da FSLN reconstruiu as políticas sociais, zerou o analfabetismo, garantiu a educação para a juventude e reestruturou a saúde pública a toda a população. Prova disso foi o enfrentamento à pandemia de covid-19. A Nicarágua teve uma das menores taxas de contaminação (15 mil) e vítimas fatais na região (230 mortos), devido a política de prevenção e atenção sanitária do governo, que realizou visitas de casa em casa, bairro por bairro para evitar a propagação da doença, tendo na retaguarda uma rede hospitalar com dezenas de hospitais. Cerca de 80% da população, incluindo crianças, já tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19, graças ao apoio de Cuba e da Rússia. Outro aspecto fundamental, neste tempo que o mundo enfrenta uma profunda crise alimentaria, é o país estar perto da autossuficiência na produção de alimentos, o que dá a garantia de enfrentamento à pobreza de maneira superior aos países que precisam importar alimentos.

Posto de Saúde público em Manágua

Como forma para enfrentar o desemprego o governo dá a liberdade aos camponeses e demais trabalhadores de venderem livremente sua produção como autônomos, os quais “podem montar bancas e comercializarem informalmente nas cidades, o que permite à população o acesso a produtos de primeira necessidade e garante a entrada de renda a quem tem necessidade”, disse Edgardo Garcia, dirigente da Associação dos Trabalhadores do Campo da Nicarágua - ATC. “Os conglomerados comerciais e o poder econômico não determinam em nada a política do governo, que tem como centro em suas ações a busca da superação das necessidades e da pobreza”, afirmou o dirigente da ATC. Toda a segurança e vigilância é feita de forma a priorizar o enfrentamento a pobreza e garantir a dignidade humana, não a de atender o mercado e o capital, como se dá no Brasil, por exemplo.

Sede da ATC

Comércio informal

No campo e na cidade, os trabalhadores estão organizados e participam ativamente da direção do Estado, seja no debate, na gestão ou nas mudanças que forem definidas conjuntamente entre o governo e a população organizada. Na economia se mantém setores privados, os quais têm papel importante para a circulação de mercadorias, geração de renda e emprego, entretanto, todos os setores estratégicos (educação, saúde, energia, comunicação, segurança, aeroportos, mineração e sistema financeiro) seguem com o controle estatal. Isso não impede que os setores privados atuem no comércio, bancos, distribuição, educação, saúde e agricultura, sendo garantida a convivência entre o público e o privado, porém sempre com o controle e manutenção da definição a partir dos interesses coletivos e públicos do povo nicaraguense e da pátria, que tem que preservar sua soberania e autodeterminação.

A derrota do golpe em 2018 que tentou impedir a reeleição da FSLN

Em 2018, mais uma vez, a direita nicaraguense, financiada pelos EUA, tentou levar o país a uma guerra. Repetiram as “guarimbas” (como fizeram na Venezuela), fecharam vias públicas e incendiaram órgãos estatais. Armados atacaram a polícia e a população civil por três meses, causaram mais de cem mortes, inclusive de policiais, atacados por franco atiradores. Tinham como alvo as instituições públicas: universidades, postos de saúde e hospitais, sem atacar os prédios privados. Tentaram impor o medo e o terror, enquanto a mídia pelo mundo, orientada pelas agências de notícias dos EUA, propagava que o povo combatia a ditadura de Daniel Ortega. Uma ação orquestrada pela Casa Branca, semelhante ao que fizeram no Iraque, Irã, Líbia, Síria e Venezuela. Tudo para impedir que se realizasse as eleições em 2021, diante do grande apoio da população ao governo.

O presidente Daniel Ortega e a FSLN enfrentaram com a tranquilidade dos revolucionários e derrotaram os golpistas. Até o Papa Francisco interviu, quando retirou quatro bispos que davam total apoio aos golpistas, inclusive deixaram francos atiradores usarem torres de igrejas para atirar na população e nas forças do Estado. Os EUA não desistiram. Meses antes da eleição de novembro de 2021, novamente reuniu em sua embaixada, em Manágua, algumas figuras da direita para alinhar uma ação a fim de derrotar os sandinistas. Distribuíram dinheiro e organizaram batalhões de mercenários. Tudo estava sendo monitorado por agentes da FSLN, infiltrados entre os paramilitares. Tudo foi documentado e entregue ao Poder Judiciário, que agiu e impediu que mais uma vez os EUA, usando seus lacaios internos, impedissem que a paz reinasse no país. Isso não evitou que a poderosa máquina de propaganda imperialista espalhasse suas mentiras pelo mundo, em face da prisão de criminosos que organizavam mais uma ação terrorista contra a legalidade, a população e a estabilidade na Nicarágua. O Estado nicaraguense, como qualquer nação soberana, julgou e condenou criminosos, neste caso, traidores da Pátria, que estavam a serviço do terrorismo organizado e financiado pelos EUA.

Reeleição de Daniel Ortega e Murilo Rosário a garantia da democracia popular.

Em 7 de novembro, a população nicaraguense saiu às ruas em paz, consciente da importância em defender a legalidade, a democracia popular e as conquistas da revolução sandinista em suas duas etapas. De um lado estava a candidatura da FSLN; do outro, as candidaturas ligadas aos EUA e defensoras do neoliberalismo. A expressiva participação do eleitorado no processo na eleição e a votação recebida pela FSLN comprovam a legitimidade do processo legal e transparência, acompanhado por centenas de observadores eleitorais de dezenas de países, inclusive dos EUA, Canadá e da União Europeia. A farsa do imperialismo, em propagar mentiras contra a autonomia e soberania da Nicarágua, foi desmontada mais uma vez. Daniel Ortega e Rosário Murillo foram reeleitos, conforme a legislação prevê e a imensa maioria da população nicaraguense decidiu.

As mulheres e a juventude, bem como a classe trabalhadora, tem sido os protagonistas de todo o processo revolucionário em curso. As forças militares no país são compostas pelo povo, que sabe de suas dificuldades e tem conhecimento de sua história, a qual compreendem a importância de que o país não volte a ser controlado pelos EUA. A soberania e autonomia da Nicarágua é resultado de décadas de lutas, desde a expulsão dos EUA pelo Exército comandado por Augusto César Sandino, a vitoriosa revolução sandinista, em 1979, e a permanente resistência popular.

A democracia que os EUA querem impor ao mundo é a de que os povos devem ficar de joelhos e servir aos interesses do imperialismo, em sua fase neoliberal, sustentada pela profunda especulação financeira e o controle de Estados, que são dirigidos por políticos que atuam como funcionários da Casa Branca. A Nicarágua não mais se sujeitará a isso, a efetivação da democracia popular e revolucionária somente se sustenta com a participação da imensa maioria do povo, que organizada e consciente controlam as políticas nacionais, sob a liderança da FSLN, com o comando do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente, Rosário Murillo. A democracia que os EUA impõem ao mundo é a da invasão de países, organização de golpes, como fizeram contra Manuel Zelaya, em 2009, em Honduras, contra Fernando Lugo, em 2012, no Paraguai, contra Dilma Rousseff, no Brasil, em 2016, contra Evo Morales, na Bolívia, em 2019. O mesmo foi feito em dezenas de países em todos os continentes. Tentaram fazer o mesmo na Venezuela, na Nicarágua e em Cuba, mas foram derrotados. A política do lawfare e a guerra de quarta geração têm sido largamente impostas pelos imperialistas, mas nem sempre conseguem seus intentos, pois, quando o povo está organizado, consciente e mobilizado os mercenários e lacaios dos EUA e UE são derrotados.

Nações latino-americanas animam a conquista plena da emancipação humana

Vice-presidente Rosário murillo, Presidente Daniel Ortega, Presidente Nicolás maduro Moros e Presidente Miduel Díaz-Canel

A presença dos presidentes de Cuba, Venezuela e Nicarágua, acompanhado do vice-presidente da China, dirigentes e delegações oficiais de dezenas de países, mais representantes da solidariedade internacionalista de nações de todos os continentes evidencia que o imperialismo não mais consegue impedir que os povos sejam soberanos e tenham a garantia de seguirem o caminho que escolheram.

Cuba, Venezuela e Nicarágua formam uma tríade que simboliza a resistência anti-imperialista e a solidariedade entre os povos, capaz de liderar nações que estão de pé decidindo suas políticas econômicas e sociais. O bloqueio econômico que os EUA e a UE impõem a estas nações ofende o Direito Internacional, os Direitos Humanos, a soberania e autodeterminação, sendo um crime contra a humanidade, um ato terrorista que tem causado grandes dificuldades para as populações que sofrem as consequências desse crime imposto pelo imperialismo.

Justamente por isso, a América Latina e o Caribe mudam de forma radical seu rumo, com governos eleitos com programas sociais e democráticos, como no Chile, Peru, Honduras, Bolívia, Argentina e México. A CELAC tem papel destacado na reorganização da política regional, desenvolve ações em torno da solidariedade e fortalece a amizade entre os povos. Mostra que o sonho de Simon Bolívar de formar a Pátria Grande segue vivo nas mentes e ideias dos povos da região. Em 2022 haverá eleição presidencial na Colômbia e no Brasil, sendo fundamental derrotar os governos vende-pátrias, agentes do imperialismo e fascistas nestes países. Uma nova onde varre a região, a onda que propaga soberania, dignidade e a efetiva democracia, onde o povo é o responsável por decidir o seu destino, não mais as Bolsas de Valores, a burguesia e o imperialismo.

Carlos Fonseca, Secretário de Relações Internacionais da FSLN e o autor.

Quando o avião que viajei, em 1989, pousou em Manágua os passageiros aplaudiram efusivamente a chegada ao solo da terra revolucionária, desta vez, o mesmo ocorreu, os aplausos dos passageiros no voo que chegava a Nicarágua confirmaram a força da revolução, a admiração que os sandinistas liderados pela FSLN têm em todo o mundo.

*Pedro César Batista, jornalista, integra a secretária executiva do Comitê anti-imperialista general Abreu e Lima. A viagem para acompanhar a posse do Presidente Daniel Ortega e da Vice -Presidente Rosário Murillo foi um convite do governo da Nicarágua.

UN PUEBLO QUE NO DETIENE SU MARCHA POR LA DIGNIDAD

Cuando el presidente Daniel Ortega prestó juramento de cumplimiento de la Constitución, todos l@s jóvenes presentes en el acto oficial levantaron la mano y repitieron el texto. El gesto, que fue repetido por millones de nicaragüenses, es una síntesis del momento nacional, de ahí el lema #SomosPuebloPresidente.

Por Pedro César Batista*

Regresar a la tierra de Augusto César Sandino, Rubén Darío y Carlos Fonseca, después de 31 años, es un gran honor, más aún por representar a una parte de los revolucionarios brasileños, organizados en el Comité Antiimperialista General Abreu e Lima.

En 1989 estuve en La Habana, en donde salí a conmemorar el 10° aniversario de la Revolución Sandinista, en Managua; ahora regreso a Nicaragua para la toma de posesión del Presidente Daniel Ortega y la Vicepresidenta Rosario Murillo.

Inicia un nuevo mandato al frente de esta pequeña gran nación de Centroamérica, luego de una importante victoria electoral, el 7 de noviembre de 2021, en una elección que contó con la participación del 65% de los electores habilitados para votar y el 75% votó por el FSLN, incluso sin que el voto sea obligatorio. Una representación desconocida en EE. UU. o países europeos, que tienen un promedio del 30% de participación del electorado en sus elecciones, o en Brasil, donde el voto es obligatorio y los votos válidos son en promedio el 50% del total del electorado.

En 1989 habían transcurrido diez años desde el triunfo de la Revolución, en julio de 1979, cuando Nicaragua enfrentó severos ataques organizados por EE.UU., al servicio de las oligarquías nacionales y financiadas por el narcotráfico y el contrabando de armas, con la coordinación de la CIA. La acción terrorista, conocida como Irán - Contras, dejó un saldo de más de 50 mil muertos, destruyó industrias, producción agrícola y provocó grandes pérdidas económicas. El FSLN, resistió y luchó con osadía y valentía revolucionaria en defensa de la dignidad y soberanía de su pueblo, en ningún momento se retractó de su tarea histórica.

En todo el país, movilizaciones populares, con el pueblo en armas, hombres y mujeres libres, mostraron la voluntad de seguir el ejemplo del General Sandino y el Comandante Carlos Fonseca, probados en la disciplina y unidad para reconstruir la nación saqueada durante mucho tiempo por los yanquis y la oligarquía local.

En ese año, 1989, el FSLN decidió realizar elecciones presidenciales, era necesario restablecer la paz en el país y poner fin a la guerra. La elección terminó siendo ganada por la candidata de las oligarquías, servicial a los Estados Unidos, Violeta Chamorro. El FSLN y Daniel Ortega no vacilaron, se hizo la transmisión de la posición. Era hora de una tregua, también era necesario derrotar institucionalmente a la derecha.

Durante el período que el FSLN lideró el país, luego de la toma del poder, se llevaron a cabo numerosas transformaciones estructurales, principalmente en educación, salud y en la creación de nuevos instrumentos de Estado, como la creación de fuerzas militares vinculadas al pueblo y la revolución, como la Policía Nacional. Las transformaciones debían garantizarse con la movilización popular, con los instrumentos del Estado y con las armas.

La derecha se mantuvo en el gobierno durante 16 años, en elecciones ganadas gracias al fraude y millones de dólares, pero los resultados fueron respetados por el FSLN. Los liberales desarrollaron una política radical de exclusión social, desmantelaron conquistas revolucionarias, atacaron la educación y la salud pública, privatizaron sectores de la economía e impusieron políticas neoliberales, que provocaron desempleo, profundizaron la miseria y dejaron al pueblo en el abandono, sin acceso al gobierno ni a las políticas estatales. Hasta que, en 2006, Daniel Ortega fue elegido presidente. Se inicia entonces una nueva etapa de la revolución sandinista, con la implementación y fortalecimiento de políticas económicas y sociales encaminadas a garantizar la dignidad popular y la soberanía de la nación. Todos los logros de la Revolución necesitaban ser rehechos y ampliados. Y así lo hizo y lo sigue haciendo el FSLN.

UNA JURAMENTACIÓN PRESIDENCIAL MULTITUDINARIA Y JUVENIL

El acto público del 10 de enero de 2022, cuando Daniel Ortega y Rosario Murillo asumieron para una nueva gestión presidencial, tuvo el rostro de la revolución, la juventud, la fuerza del pueblo organizado y la democracia, muy diferente a lo que la comunicación mediática en el servicio de los EE.UU. propaga por todo el mundo.

Nicaragua ha mostrado al mundo - lo que se omite en los medios de comunicación al servicio de EE.UU., cómo se da la verdadera democracia popular, ya sea con la participación expresiva del electorado o con el voto que recibió el FSLN, así como la organización y permanente movilización de la clase obrera y sectores populares, jóvenes y mujeres. Mientras tanto, “Estados Unidos vive una profunda crisis democrática. ¿Cuántos millones de estadounidenses no han reconocido las elecciones en su país? Hay 700 estadounidenses arrestados en EE.UU. por protestar en el Congreso contra los resultados de las elecciones. Protestas que dejaron un saldo de siete muertos. ¿Lo que son? Son presos políticos”, dijo Daniel Ortega. “Estados Unidos organiza el terrorismo, dice que no son terroristas y pretende defender la democracia”, continuó el presidente. "No hay mal que pueda ser eterno".

Durante su discurso, con la firmeza y tranquilidad de un comandante revolucionario, Ortega hizo un recuento de los crímenes cometidos por EE.UU. contra Cuba, Venezuela y Nicaragua. “Si Biden tiene un poco de respeto por el derecho internacional, debería poner fin de inmediato al bloqueo contra Cuba y la República Bolivariana de Venezuela. Inventan delitos, como lo hicieron contra Alex Saab, quien buscaba garantizar la alimentación del pueblo venezolano y por eso lo mantienen preso”. “No somos enemigos de Estados Unidos. Cuando organizamos el ALBA, no [fue] para realizar actos terroristas, sino para superar la pobreza y promover la solidaridad”. El presidente Ortega recordó que EE.UU. fue denunciado ante la Corte de La Haya, que le ordenó indemnizar a Nicaragua por los daños causados durante la guerra de la Contra: “tienes que cumplir con lo que dice la ley, debes indemnizar los daños y las muertes causadas a Nicaragua” se dirigió el presidente Biden.

En esa oportunidad, el Presidente Ortega anunció la reanudación de los acuerdos iniciados en la década de 1980 entre Nicaragua y el presidente chino Deng Xiaoping sobre proyectos de combate a la pobreza, de acuerdo con los preceptos de Mao Tse Tung. Hablo sobre los acuerdos de la nueva ruta de la seda en el siglo XXI, “China vino a darle una mano al pueblo de Nicaragua”. China y Nicaragua también han desarrollado proyectos bilaterales para la producción agrícola y de vivienda.

Durante la toma de posesión, la conformación de un bloque de naciones que no está ni estará sujeto a las imposiciones de EE.UU. y la Unión Europea, y que, de manera solidaria, respetuosa y fraterna, seguirá estrechando lazos de amistad, soberanía nacional y de libre determinación, en la construcción de un tiempo de paz y respeto entre los pueblos. Codo a codo estaban los Presidentes de Cuba, Nicaragua y Venezuela, representando la resistencia revolucionaria al imperialismo y su política neoliberal en América Latina y el Caribe. También en Managua estuvieron el vicepresidente de China, el presidente de Honduras y delegaciones oficiales de Rusia, India, Japón, Irán, Turquía, Angola y decenas de países de todos los continentes. También estuvieron presentes activistas solidarios internacionalistas de todo el mundo.

Uno de los hechos más significativos durante la inauguración fue la presencia de miles de muchachas y muchachos, jóvenes y adolescentes, que participaron en la ceremonia. Conversé con varios que al unísono reafirmaron la importancia del FSLN, la revolución y sus conquistas, que se sostienen y avanzan con la unidad consciente del pueblo nicaragüense. Cuando el presidente Ortega prestó juramento de cumplir la Constitución, todos los jóvenes y señoritas levantaron la mano y repitieron el texto. El gesto, que fue repetido por millones de nicaragüenses, es una síntesis del momento nacional, de ahí el lema #SomosPuebloPresidente.

El mismo día de la toma de posesión, EE.UU. y la UE anunciaron nuevas sanciones contra Nicaragua, demostrando el carácter criminal y terrorista de los imperialistas, que no respetan la soberanía de los pueblos y consideran soberana a toda nación que se atreva a decidir libremente su destino, una amenaza, por eso muestran su temor e inseguridad cuando los pueblos se levantan y caminan de manera digna y soberana. Propagan la mentira, reproducida a gran escala por sus medios, de que los países socialistas están regidos por dictaduras, mientras señalan a una líder que se quedó del 2005 al 2021, Angela Merkel, como una gran mujer, líder de una democracia. Usan el habla de acuerdo con sus intereses.

NICARAGUA SIGUE DEMOSTRANDO LA FUERZA DEL PUEBLO ORGANIZADO

Si en 1989 vi ruina y resistencia, esta vez vi belleza y alegría. El inicio del cuarto mandato del presidente Daniel Ortega mostró la fuerza de los trabajadores, trabajadoras, campesinos, hombres y mujeres y de la juventud organizada, consciente y movilizada para avanzar en la construcción de una sociedad cada vez más justa, democrática e igualitaria.

Durante 15 años, el gobierno del FSLN reconstruyó las políticas sociales, eliminó el analfabetismo, garantizó la educación de los jóvenes y reestructuró la salud pública para toda la población. Prueba de ello fue la lucha contra la pandemia del covid-19. Nicaragua tuvo uno de los índices más bajos de contaminación (15.000) y víctimas mortales de la región (230 muertos), debido a la política de prevención y atención en salud del gobierno, que realizó visitas casa por casa, barrio por barrio para evitar la propagación del virus, respaldado por una red hospitalaria con decenas de hospitales. Cerca del 80 % de la población, incluidos los niñ@s, ya han recibido las dos dosis de la vacuna contra la covid-19, gracias al apoyo de Cuba y Rusia. Otro aspecto fundamental, en este momento en que el mundo enfrenta una profunda crisis alimentaria, el país está cerca de la autosuficiencia en la producción de alimentos, lo que garantiza que enfrentará la pobreza de una manera superior a los países que necesitan importar alimentos.

Como una forma de enfrentar el desempleo, el gobierno da libertad a los campesinos y otros trabajadores para que vendan libremente su producción como autónomos, quienes “pueden instalar puestos y comerciar informalmente en las ciudades, lo que permite a la población acceder a productos de primera necesidad y garantiza los ingresos a los más necesitados”, dijo Edgardo García, dirigente de la Asociación de Trabajadores Rurales de Nicaragua - ATC. “Los conglomerados comerciales y el poder económico no determinan en modo alguno la política del gobierno, la cual está centrada en la búsqueda de la superación de las necesidades y la pobreza”, dijo el líder de la ATC. Toda la seguridad y vigilancia se realiza para priorizar la lucha contra la pobreza y garantizar la dignidad humana, no para servir al mercado y al capital, como es el caso de Brasil, por ejemplo.

En el campo y en la ciudad, l@s trabajadores se organizan y participan activamente en la dirección del Estado, ya sea en el debate, en la gestión o en los cambios que se definan conjuntamente entre el gobierno y la población organizada. Los sectores privados se mantienen en la economía, los cuales juegan un papel importante en la circulación de bienes, generación de ingresos y empleo, sin embargo, todos los sectores estratégicos (educación, salud, energía, comunicaciones, seguridad, aeropuertos, minería y sistema financiero) continúan con el control del Estado. Esto no impide que los sectores privados trabajen en comercio, banca, distribución, educación, salud y agricultura, garantizando la convivencia entre lo público y lo privado, pero siempre con el control y mantenimiento de la definición desde los intereses colectivos y públicos de la pueblo nicaragüense y patria, que tiene que preservar su soberanía y autodeterminación.

LA DERROTA DEL GOLPE DE 2018 QUE INTENTÓ IMPEDIR LA REELECCIÓN DEL FSLN

En 2018, una vez más, la derecha nicaragüense financiada por Estados Unidos intentó llevar al país a la guerra. Repitieron las “guarimbas” (como lo hicieron en Venezuela), cerraron vías públicas e incendiaron dependencias estatales. Personas armadas atacaron a policías y población civil durante tres meses, provocando más de 100 muertos, incluidos policías, atacados por francotiradores. Apuntaron a instituciones públicas: universidades, centros de salud y hospitales, sin atacar edificios privados. Intentaron imponer el miedo y el terror, mientras los medios de todo el mundo, guiados por las agencias de noticias estadounidenses, propagaban que el pueblo estaba luchando contra la dictadura de Daniel Ortega. Una acción orquestada por la Casa Blanca, similar a lo que hicieron en Irak, Irán, Libia, Siria y Venezuela. Todo para evitar que se realicen las elecciones en 2021, dado el gran apoyo de la población al gobierno.

El Presidente Daniel Ortega y el FSLN lo enfrentaron con tranquilidad de revolucionarios y derrotaron a los golpistas. Incluso el Papa Francisco intervino, cuando destituyó a cuatro obispos que dieron pleno apoyo a los golpistas, incluso permitiendo que los francotiradores usaran las torres de las iglesias para disparar contra la población y las fuerzas estatales. Estados Unidos no se rindió, meses antes de las elecciones de noviembre de 2021, volvió a reunir en su embajada en Managua a algunas figuras de la derecha para alinear una acción para derrotar a los sandinistas. Distribuyeron dinero y organizaron batallones de mercenarios. Todo estaba vigilado por agentes del FSLN, infiltrados entre los paramilitares. Todo fue documentado y entregado al Poder Judicial, que actuó e impidió que EE.UU., utilizando sus lacayos internos, impidiera que la paz reinara en el país. Ello no impidió que la poderosa máquina propagandística imperialista difundiera sus mentiras por el mundo, ante la detención de delincuentes que organizaban una nueva acción terrorista contra la legalidad, la población y la estabilidad en Nicaragua. El Estado de Nicaragua, como toda nación soberana, juzgó y condenó a criminales, en este caso traidores a la Patria, que estuvieron al servicio del terrorismo organizado y financiado por los EE.UU.

REELECCIÓN DE DANIEL ORTEGA Y MURILO ROSÁRIO PARA GARANTIZAR LA DEMOCRACIA POPULAR. El 7 de noviembre la población nicaragüense salió a las calles en paz, consciente de la importancia de defender la legalidad, la democracia popular y los logros de la revolución sandinista en sus dos etapas. De un lado estaba la candidatura del FSLN; por otro, las candidaturas vinculadas a EEUU y defensores del neoliberalismo. La expresiva participación del electorado en el proceso electoral y el voto recibido por el FSLN prueban la legitimidad del proceso legal y la transparencia, acompañado de cientos de observadores electorales de decenas de países, incluidos EE.UU., Canadá y la Unión Europea. La farsa del imperialismo, al propagar mentiras contra la autonomía y soberanía de Nicaragua, ha sido desmantelada una vez más. Daniel Ortega y Rosario Murillo fueron reelegidos, como lo dispone la legislación y como lo decidió la gran mayoría de la población nicaragüense.

Las mujeres y la juventud, así como la clase trabajadora, han sido protagonistas de todo el proceso revolucionario en marcha. Las fuerzas militares en el país están formadas por el pueblo, que conoce sus dificultades y es consciente de su historia, que entiende la importancia de que el país no vuelva a ser controlado por EE.UU. La soberanía y autonomía de Nicaragua son el resultado de décadas de lucha, desde la expulsión de Estados Unidos por el ejército comandado por Augusto César Sandino, la victoriosa revolución sandinista de 1979 y la resistencia popular permanente.

La democracia que EE.UU. quiere imponer al mundo que los pueblos se pongan de rodillas y sirvan los intereses del imperialismo, en su fase neoliberal, apoyados en la profunda especulación financiera y el control de los Estados, que son dirigidos por políticos que actúan como funcionarios de la Casa Blanca. Nicaragua ya no estará sujeta a esto, la realización de la democracia popular y revolucionaria sólo puede sostenerse con la participación de la inmensa mayoría del pueblo, que organiza y controla conscientemente las políticas nacionales, bajo la dirección del FSLN, bajo el mando del Presidente Daniel Ortega y la Vicepresidenta, Rosario Murillo. La democracia que impone EE.UU. al mundo es la de invadir países, organizar golpes de estado, como lo hicieron contra Manuel Zelaya, en 2009, en Honduras, contra Fernando Lugo, en 2012, en Paraguay, contra Dilma Rousseff, en Brasil, en 2016, contra Evo Morales, en Bolivia, en 2019. Lo mismo se hizo en decenas de países de todos los continentes. Intentaron hacer lo mismo en Venezuela, Nicaragua y Cuba, pero fueron derrotados. La política de lawfare y la guerra de cuarta generación han sido impuestas en gran medida por los imperialistas, pero no siempre tienen éxito, porque cuando el pueblo está organizado, consciente y movilizado, los mercenarios y lacayos de EE.UU. y la UE son derrotados.

LAS NACIONES LATINOAMERICANAS ALIENTAN LA CONQUISTA PLENA DE LA EMANCIPACIÓN HUMANA

La presencia de los Presidentes de Cuba, Venezuela y Nicaragua, acompañados del vicepresidente de China, líderes y delegaciones oficiales de decenas de países, más representantes de la solidaridad internacionalista de naciones de todos los continentes, demuestra que el imperialismo ya no puede impedir pueblos sean soberanos y tengan la garantía de seguir el camino que han elegido.

Cuba, Venezuela y Nicaragua forman una troika que simboliza la resistencia anti-imperialista y la solidaridad entre los pueblos, capaces de conducir naciones que están de pie en decidir sus políticas económicas y sociales. El bloqueo económico que EEUU y la UE imponen a estas naciones ofende el Derecho Internacional, los Derechos Humanos, la soberanía y la autodeterminación, siendo un crimen de lesa humanidad, un acto terrorista que ha causado grandes dificultades a las poblaciones que sufren las consecuencias de este crimen impuesto por el imperialismo.

Precisamente por eso, América Latina y el Caribe han cambiado radicalmente de rumbo, con gobiernos electos con programas sociales y democráticos, como en Chile, Perú, Honduras, Bolivia, Argentina y México. La CELAC juega un papel destacado en el reordenamiento de la política regional, desarrolla acciones en torno a la solidaridad y fortalece la amistad entre los pueblos. Muestra que el sueño de Simón Bolívar de formar la Patria Grande sigue vivo en la mente y las ideas de los pueblos de la región. En 2022 habrá elecciones presidenciales en Colombia y Brasil, y es fundamental derrotar a los gobiernos vendepatrias, agentes del imperialismo y fascistas en estos países. Una nueva ola que barre la región, la ola que propague la soberanía, la dignidad y la democracia efectiva, donde el pueblo sea el responsable de decidir su destino, no más las Bolsas de Valores, la burguesía y el imperialismo.

Cuando el avión en el que viajé, en 1989, aterrizó en Managua, los pasajeros aplaudieron efusivamente la llegada a tierra de la tierra revolucionaria, esta vez sucedió lo mismo, los aplausos de los pasajeros del vuelo que llegó a Nicaragua confirmaron la fuerza de la revolución, la admiración que los sandinistas dirigidos por el FSLN tienen en todo el mundo.

*Pedro César Batista, periodista, forma parte de la secretaría ejecutiva del Comité Antiimperialista General Abreu e Lima. El viaje para acompañar la toma de posesión del presidente Daniel Ortega y la vicepresidenta Rosario Murillo fue una invitación del gobierno de Nicaragua.

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