Venezuela dá mais uma aula de democracia, transparência e participação: eleição de 6 de dezembro.


Dra. Indira Alfonzo Izaguirre, presidente da CNE

Pedro César Batista

A Venezuela, mesmo acossada pelo imperialismo estadunidense e seus agentes, segue dando aula de democracia para o mundo. Isso ficou evidente durante a apresentação da Comissão Nacional Eleitoral – CNE, realizada via internet, sexta-feira, 9 de outubro.

No próximo dia 6 de dezembro acontecerá eleições para a Assembleia Nacional, conforme prevê a Constituição Nacional, para eleger 165 deputadas e deputados para exercerem o mandato entre 2021 e 2026.

Para garantir que a eleição não sofra as consequências dos ataques terroristas da oposição, que, infelizmente tem sido constante, a CNE apresentou em live com representantes de veículos de comunicação, movimentos sociais, partidos políticos, embaixadas e organismos internacionais a tecnologia que será utilizada para garantir a continuidade da lisura dos pleitos no país, especialmente neste momento de duros ataques dos inimigos do povo venezuelano. Participaram centenas de pessoas de quase 100 países.



A presidente da CNE, Dra. Indira Alfonzo Izaguirre, destacou na abertura que “a eleição assegura a liberdade soberana do povo venezuelano pelo sufrágio universal”. Foi destacado por ela que a Constituição da República Bolivariana da Venezuela garante uma democracia participativa, com a população tendo assegurado o controle dos instrumentos de Estado, não apenas por meio do voto, mas com sua organização, participação, fiscalização e acompanhamento de todo o processo eleitoral.

Os detalhes da Solução Tecnológica Eleitoral foram apresentados pelo engenheiro Carlos Quintero, que detalhou o funcionamento do sistema sobre a segurança e a garantia do respeito ao resultado das urnas.


Eng. Carlos Quintero

A Venezuela iniciou a automatização da eleição em 2004, foi o primeiro país a imprimir o voto eletrônico, logo a seguir que o eleitor aperta a tecla confirma, o que garante a lisura e a transparência do resultado, que pode ser auditado a qualquer tempo por partidos, candidatos e organismos internacionais, lembrou o engenheiro. Em face da pandemia e dos ataques cibernéticos, que provocam blecautes elétricos no país, algumas decisões foram encaminhadas:

- Cada eleitor terá até 3 minutos para votar, sendo assegurado o distanciamento e a permanente desinfecção do local com a aplicação de álcool nos equipamentos e disponibilização para o eleitor.
- As urnas terão preservadas a privacidade necessária para que seja respeitada a liberdade de escolha dos eleitores.
Durante a apresentação, foi realizada uma simulação, para que todos acompanhassem como funcionará o sistema.

O engenheiro Quintero destacou que se “garantirá o segredo do voto e o respeito à Constituição e as Leis Orgânicas especificas”. Todos os eleitores venezuelanos têm o registro biométrico, o que impede qualquer tentativa de se votar mais de uma vez, assegurando o critério “um eleitor, um voto”.

Para garantir a segurança das urnas, cada urna receberá uma bateria de lítio que terá a duração de mais de 10 (dez) horas, o que evitará a perda dos resultados, no caso de blecaute ou atentado terrorista. O resultado final será divulgado em poucas horas, assim que encerrar o pleito.

A CNE contará com a presença de centenas de observadores internacionais, além de que será disponibilizado meios eletrônicos para que as organizações que não puderem estar presencialmente possam acompanhar a eleição, fazer a devida fiscalização e garantir a efetiva auditoria e o respeito aos resultados.



Desde a eleição de Hugo Chávez, em 1988, ocorreram vinte e cinco (25) processos eleitorais, ainda assim, uma poderosa campanha midiática, comandada pelos EUA, diz que na Venezuela há uma ditadura. Em maio de 2018 o presidente Nicolás Maduro foi reeleito, em um pleito em que participaram 16 dos 19 partidos existentes no país e acompanhado por centenas de observadores internacionais.

A CNE assegurará total transparência do processo eleitoral, disponibilizará o acesso às informações e ao acompanhamento de todos os atos para a eleição de 6 de dezembro, seja para as delegações de vários países que estarão presencialmente ou aqueles que acompanharão por meio das ferramentas tecnológicas disponibilizadas e mostradas nas apresentações feitas pela Dra. Izaguirre e o Eng. Quintero.

A terra de Bolívar e Chávez mostra ao mundo que, mesmo diante da poderosa campanha midiática, duros ataques econômicos, sabotagens e atentados terroristas praticados pelos EUA e seus agentes, internos e externos, a força de uma sociedade unida, organizada e disposta a defender por todos os meios a sua soberania e dignidade.

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