Escorraçar o genocida fascista do Planalto é urgente.



Pedro César Batista

Não repetiria Renato Russo que perguntou que país é esse, mas afirmo, com tristeza e preocupação, que país é este.

Alguns fatos do momento atual.

O Brasil aproxima-se de 17 mil mortos pelo covid-19, mais de 250 mil contaminados e assumiu o terceiro triste lugar como o país com mais casos no mundo. Contaminações e mortes crescem diariamente, com uma média de letalidade chega a 6,6%. Uma média de 800 pessoas têm morrido ao dia.

Enquanto alguns governos estaduais impõe o isolamento total e mais restrições a circulação de pessoas, outros governos, como o de Brasília, faz o oposto ao liberar diversos setores do comércio na capital federal. São Paulo, que concentra a maior população do Brasil, contínua com o crescente aumento de mortos, o mesmo que se dá em diversos lugares do país. O mesmo se dá com Pará, Amazonas e outros estados têm sofrido diariamente a perda de seus habitantes. Ressalte-se, que, a grande maioria das pessoas contaminadas e mortas é formada por pobres, moradores das periferias, sendo 54,8% composto de negros e pardos.

O Congresso Nacional aprovou, em 30 de março, o auxílio emergencial de R$ 600,00 reais como auxílio para quem necessita da ajuda. Foi previsto pelo governo federal a destinação de R$ 45 bilhões para atender o auxílio emergencial. Decorrido mais de 45 dias, desde a sua aprovação, somente R$ 1 bilhão de reais foi disponibilizado e usado para atender quem necessita do recurso para se alimentar e outras necessidades básicas. O que se vê diariamente são pessoas desesperadas e amontoadas nas portas da CEF tentando receber o auxílio, que não chega.

O presidente da República e sua turma, governamental, milicianos, evangélicos e poderosos empresários, na contramão de todas as orientações científicas, humanitárias e civilizatórias atuam criminosamente. Primeiro era uma “gripezinha”, agora inventaram um remédio que cura, mesmo sem ter a devida comprovação científica, muito pelo contrário, e para piorar a situação, tem sido comum, a realização de carreatas e manifestações defendendo o fim do isolamento, abertura do comércio e indústria para garantir o lucro das empresas. O presidente, quando é perguntado sobre o que fazer afirma, sadicamente, que apesar de se chamar Messias nada pode fazer. Pelo contrário, incentiva o desrespeito a única forma encontrada pela ciência e autoridades sanitárias em todo o mundo para evitar o contágio e a morte, que é o isolamento e distanciamento das pessoas.

Se não bastasse a pandemia, o governo brasileiro cria ainda outros riscos mortais para a população brasileira. No início de abril, o governo do presidente Nicolás Maduro mostrou ao mundo depoimentos e documentos de mercenários que foram presos ao tentar invadir a Venezuela; alguns invasores foram amarrados por pescadores em suas redes, antes de serem entregues às autoridades venezuelanas. Foi mostrado o contrato entre a empresa norte americana Silvercop - que serve ao presidente Trump - e o autoproclamado Guaidó. Uma das cláusulas afirma que os mercenários poderiam usar o território brasileiro sem o risco de serem incomodados pelo governo do Brasil. A grande imprensa não deu uma linha, omitiu completamente a prisão dos mercenários e o envolvimento dos governos brasileiro, norte americano e colombiano.

O Brasil tem um governo com um presidente que incentiva a morte do povo brasileiro, defendendo a contaminação de pelo menos “70% da população”, como costuma afirmar publicamente, o que significaria milhões de mortos, basta fazer as contas, conforme a taxa de letalidade do covid-19. Ao mesmo tempo, este governo coloca o território nacional ao dispor de mercenários para invadir um país vizinho. Pior. Completa-se a isto, o silêncio da grande imprensa sobre o fato relacionado a tentativa de invasão da Venezuela.

O governo brasileiro, formado por sádicos fascistas, alimenta a violência, retira todos os direitos da classe trabalhadora, como a aposentadoria, dividiram as férias, retirara a carteira profissional e suas garantias, propaga mentiras e a morte, age como traidor dos interesses nacionais e do povo brasileiro. Dar um basta a esta situação é vital, exige uma ação forte, firme e unitária de partidos e movimentos contra o fascismo e em defesa da vida e dos direitos da classe trabalhadora. Escorraçar o genocida fascista do Planalto é urgente.

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