Bolsonaro, o verdadeiro vírus.



Pedro César Batista

O discurso de Bolsonaro, em cadeia nacional de televisão, na noite do dia 24 de março de 2020, repetiu o mesmo raciocínio propagado por Hitler, nas escolas, meios de comunicação e comunicados à população alemã e aos soldados da SS, durante sua genocida guerra contra os comunistas, judeus, negros, ciganos e homossexuais. Hitler matou, somente a ex-URSS, entre 30 e 40 milhões de vidas, mais os seis milhões de judeus assassinados na Polônia, Alemanha e demais países da Europa.

Bolsonaro, em sua trajetória política sempre tornou pública suas ideias, referenciais e projetos. Defendeu que a ditadura militar deveria ter matado mais, pelo menos uns trinta mil. Tem como herói o chefe da Operação Bandeirantes, Ustra, que estuprou, torturou e matou. Defendeu que comunista bom é comunista morto. Quem se esqueceu da forma que ele trata as mulheres, como fez com a deputada Maria do Rosário e várias jornalistas? Na campanha eleitoral de 2018, conseguiu fugir de todos os debates, mas por onde passou alimentou o ódio e a intolerância, como fez no Acre, quando representou com uma metralhadora o que deveria ser feito com a “petralhada” ou em Eldorado dos Carajás, quando disse que os assassinos que mataram 19 trabalhadores rurais no massacre da curva do S, na rodovia PA-150, no Pará eram heróis. A sua trajetória, propagando o nazismo, defendendo genocídios e o os crimes contra a humanidades é pública.

Agora, com o mundo enfrentando o Covid-19, uma mutação do coronavírus, que ainda não tem medicamentos para o tratamento dos infectados ou a vacina para evitar a contaminação, Bolsonaro, sadicamente, vai a televisão e afirma que é preciso acabar com o isolamento, retomar a vida normal, que não é preciso a histeria para enfrentar uma “gripezinha”. Acusou os brasileiros repatriados de Wuhan de trazerem o vírus para o Brasil e a imprensa de propagar o medo. Repete o mesmo discurso de outros nazistas tupiniquins, como os proprietários da Madero, Havan, Girafas e alguns milionários, como Justus. Verdadeiros genocidas. Buscam apenas assegurar suas riquezas, acumuladas com a exploração, cruel e criminosa da classe trabalhadora. Com a pandemia veem uma possibilidade de aumentarem seus patrimônios.

O que Bolsonaro fez ontem, repetindo o que pela manhã havia feito o ministro da Educação, Weintraub, quando disse que os estudantes deveriam voltar às aulas, é um crime contra a humanidade. Bolsonaro e seu governo querem que os mais pobres sejam contaminados e morram, para isso, publicou a MP 927, que autoriza os patrões a negociarem livremente com os trabalhadores, podendo até cortar os salários, atuando acima da lei e da Constituição Federal.

O que verificamos em todo o mundo é o oposto. Na Inglaterra, o governo ultraliberal pagará até 80% dos salários dos empregados. Na Venezuela, o governo socialista determinou que todos permaneçam em casa, assumindo o pagamento da folha salarial por seis meses. Os governos, independentemente da linha ideológica, estão criando as condições para defenderem suas populações. A China e Cuba estão enviando médicos para atuarem no enfrentamento a pandemia em várias partes do mundo. No Brasil, Bolsonaro e seu governo, fazem o oposto.

O Brasil tem um governo nazista, que pretende dizimar a população, principalmente os mais pobres, os milhões que não podem ficar em isolamento, os trabalhadores informais, a população em situação de rua. E não esconde isso. O governo repete o argumento dos poderosos, o que importa é salvar a economia, não tem problemas se morrerem uns 7 mil. Sempre foi assim, a burguesia se isenta da crise e dificuldades, criadas por eles mesmos, e cobram dos trabalhadores os maiores e piores sacrifícios. São sádicos, assassinos e genocidas.

Em Nueremberg foram julgados os perpetradores nazistas. Bolsonaro e seu governo, perpetradores brasileiros, precisam ser julgados por um Tribunal Internacional pela praticar de crime contra a humanidade, semelhante ao que Hitler e seus seguidores cometeram.

O que o governo nazista pretende é aprofundar a violência, a concentração de riquezas e desconstruir as conquistas democráticas. Bolsonaro e sua facção querem dar um novo golpe, fechar as instituições, prender, torturar e matar. Os movimentos estão claros, não vê quem não quer. Ou é cúmplice.

A classe trabalhadora precisa dar uma resposta. Primeiro movimento é se cuidar, permanecer em isolamento e tomar os cuidados necessários para que não morra contaminada pelo coronavírus. Há milhões de trabalhadores que não têm condições de fazer isso, portanto, para se proteger é preciso reforçar a solidariedade de classe, como está ocorrendo em muitos lugares, com a criação de redes de apoio e auxílio humanitário.

É preciso dar um basta a este governo genocida e sádico, para isso é preciso mais que os necessários barulhaços diários, é preciso que as organizações políticas comprometidas com a dignidade humana e o povo trabalhador construam a greve geral, paralisem efetivamente todos os serviços, a produção e reforcem a segurança nos bairros, com a criação de brigadas populares de autodefesa. Reforçar as campanhas de denúncia contra os traidores do povo e propagar a bandeiras de superação do capitalismo, verdadeiro causador de todos os males.

Forjar a unidade da classe trabalhadora, criar as condições para a efetiva derrubada dos nazistas do governo brasileiro é fundamental para combater o Covid-19 e o principal vírus que ataca o povo brasileiro, Bolsonaro e seu governo.

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