Não aceitar a normalização do perverso



Pedro César Batista

A normalização do perverso em curso por Bolsonaro e seu governo não pode ser aceita. Hitler fez isso, tornou natural o genocídio, as mortes na Câmara de Gás, fuzilamentos, saques, sequestros de crianças e a propagação de mentiras, que o levou a ser apoiado por parte significativa do povo alemão, inclusive crianças e jovens. Bolsonaro e sua milícia seguem a mesma prática: incentivam a violência contra a classe trabalhadora, as mulheres, os negros, povos indígenas, comunidade LGBTI+ e migrantes. Bolsonaro e sua milícia propagam mentiras diariamente, alimentam a ignorância e formam seguidores que não se preocupam com a verdade, a justiça, o respeito ou a dignidade humana. Bolsonaro formou e incentiva uma milícia, tem apoiadores no parlamento, no judiciário, igrejas, universidades, escolas e na mídia. Todos atuam para normalizar o perverso.

Os crimes em curso praticados por Bolsonaro, sua milícia e seguidores não podem ser enfrentados com superficialidade, tranquilidade e sem a coragem necessária. Não será apenas com memes, sátiras ou ironias que esses seguidores de Hitler serão derrotados e desalojados do governo. Para combater os criminosos que estão no poder é preciso organização, estratégia e combate firme. Os nazistas não foram derrotados por beijos, nem abraços, nem discursos de paz e amor, em rodas de ciranda. A URSS perdeu cerca de 40 milhões até expulsá-los do Leste e chegar a Berlim, derrotando definitivamente o nazismo e libertando a humanidade.

Quando ministros dizem que policiais encapuzados, entrincheirados e que levam medo e o caos a uma população é normal, querem normalizar o perverso. Quando a mídia propaga diariamente mentiras sobre a economia, propagando que o desemprego está diminuindo quer normalizar a perversidade. Quando o presidente alimenta a misoginia, propaga mentiras, incentiva a violência e desrespeita diariamente quem pensa diferente, quer normalizar a perversidade.

Não se pode aceitar estas ações para a normalização do perverso, é preciso combater com toda a firmeza e disposição a propaganda de mentiras, o incentivo a violência sexista, o racismo, o preconceito, a homofobia, a xenofobia e a retirada de direitos da classe trabalhadora. É preciso unidade e consciência dos crimes que estes sádicos já praticaram na história e estão tentando repetir. Não aceitar a normalização do perverso é uma obrigação.

Comentários

  1. É isso aí. Onde quer que estejamos, é nossa obrigação moral nos opormos à barbárie. EMBATE. ESPERANÇA.

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