A CIA foi derrotada com a expulsão dos terroristas que invadiram a Embaixada da Venezuela no Brasil



A invasão da Embaixada da Venezuela, na madrugada de 13 de novembro, dia da instalação da reunião dos BRICS, em Brasília, foi pensada fora do Brasil. Os terroristas, comandados por dois agentes da direita fascista venezuelana, Alberto Palombo e Tomás Alejandro Silva, foram dirigidos pelos agentes do imperialismo americano.

Primeiro, o momento de execução da ação. Buscaram desestabilizar a reunião do BRICS, que tem sido bombardeado e sabotado seguidamente pelos EUA, inclusive um dos motivos do golpe de 2016, no Brasil.

Caso a invasão dos terroristas tivesse sido vitoriosa e conseguissem tomar a embaixada da Venezuela, haveria uma forte encenação mundial pela imprensa para tentar desqualificar a solidariedade ao governo de Nicolás Maduro, principalmente a chinesa e russa. Seria uma vitória para os EUA, que fortaleceria seu lacaio, Guaidó, ao mesmo tempo que ofuscaria a reunião do BRICS.

Segundo. A ação certamente foi planejada há tempos, o encontro do BRICS está marcado há mais de um ano. Fizeram a organização e acreditavam que teriam uma vitória fácil. Isto ficou comprovado com a postagem do filho de Bolsonaro, o Eduardo, ao afirmar que “se o brasil reconhece Guaidó, agora está sendo feito o certo, o justo”, que era invadir a sede diplomática da Venezuela.



A CIA e seus lacaios brasileiros, Ernesto Araújo, o deputado federal Bolsonaro e os traidores venezuelanos, Guaidó, Belandria e seus agentes se preparam bem para o ataque e para comemorar a vitória.

O que eles não esperavam foi a resposta imediata e firme do corpo diplomático venezuelano, liderados pelo Encarregado de Negócios da Venezuela, Freddy Meregote, e pelo Adido Militar, General Barroso, os quais, junto com os deputados federais Paulo Pimenta, Glauber Braga e Sâmia Bonfim, advogados e muitos internacionalistas dentro da embaixada, que expulsaram logo ao amanhecer alguns terroristas, entre eles um dos chefes dos criminosos, o engenheiro Palombo. Enquanto ao lado de fora da Embaixada, as deputadas Érika Kokay, Maria do Rosário, Airton Faleiros, o senador Telmário Mota, com mais centenas de pessoas ligadas ao PT, PSOL, PCdoB, UP, PCO, PCB, PRC, FNL, MST, Comitê General Abreu e Lima, Comitê Lula Livre, UNE, UBES, Levante da Juventude, movimentos culturais, juvenis e de mulheres afirmavam a solidariedade à Revolução Bolivariana e resistiam às provocações dos lacaios dos EUA e exigia a prisão dos terroristas.



Entretanto, no teatro do terror tudo tinha sido preparado. A invasão 4h30 da manhã, a ação da Polícia Militar do DF que tentou o tempo todo intimidar a solidariedade, o funcionário do Itamarati, Mauricio Correa, e de dois delegados da Polícia Federal garantindo que os terroristas ficassem livre de qualquer punição.

O circo montado foi tão grande que, na hora da fuga dos terroristas pelo fundo da Embaixada, um helicóptero da PMDF ficou a meia altura na frente da embaixada, chamando a atenção da solidariedade, vigiada por centenas de soldados e pela cavalaria da PM para que os agentes dos EUA e traidores do povo venezuelano fugissem pelos fundos, recebendo a segurando de quem deveria prendê-los.

Os terroristas fugiram, não foram presos, saíram impunes, acobertados pelo Estado brasileiro, que deveria cumprir a Convenção de Viena.

Mas não adiantou o planejamento criminoso. Mulheres e homens, jovens, advogados, jornalistas, religiosos, camponeses, artistas, sindicalistas e profissionais das mais diversas áreas, conscientes do criminoso ataque que o povo venezuelano sofre e do ataque terrorista na embaixada, uniram-se para enfrentar os agentes da CIA, os terroristas, os milicianos de Bolsonaro e os traidores do povo brasileiro, que foram derrotados.

Ainda assim não baixemos a guarda, eles seguirão os ataques, propagando mentiras e fazendo provocações. Continuarão agredindo os venezuelanos e causando prejuízos econômicos com o bloqueio criminoso praticado. É uma guerra. A guerra do imperialismo contra os povos que ousam ser livres.

A lição que ficou para nós deve ser consolidada. Foi a aula sobre a unidade, a disposição de luta e organização popular que mostrou que somos capazes de derrotar os imperialistas em qualquer campo. A hora é de fortalecer a resistência, unir as forças para derrotar os lacaios dos EUA no Brasil, no Chile, na Bolívia, na Venezuela, no Equador, no Haiti e em qualquer parte do mundo.



É hora de forjar a unidade latino-americana contra o imperialismo. Unidade, organização e resistência, único caminho.

Pedro César Batista

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