O tempo não espera




É preciso uma unidade mínima dos partidos, sindicatos, movimentos pela liberdade Lula e identitários, para que tenham a capacidade de elaborar um programa mínimo, baseado na defesa dos interesses populares e nacionais, e assim forjar a unidade necessária para dar um basta a essa histórica injustiça das oligarquias tupiniquins.

Por Pedro César Batista

O Brasil, com mais de 210 milhões de habitantes, segue entre os 10 países mais desiguais do planeta, com uma elite que tem prazer em ver a grande maioria da população brasileira sem acesso as condições mínimas que deem dignidade ao povo.

Desde o golpe jurídico, iniciado pela Lava Jato, que cassou a presidenta Dilma Rousseff, as desigualdades aumentam. Um grupo de serviçais dos poderosos aprofunda o fosso entre os mais ricos e os mais pobres.

Os banqueiros roubam mais de 40% do orçamento da União, destinado ao pagamento de juros de uma dívida que, como uma bola de neve, sempre cresce, apesar do volume que já foi pago ao longo de anos. A imprensa segue propagando mentiras, como o déficit da Previdência, enquanto os mais ricos são os que menos pagam impostos, querem aumentar a pobreza e as dificuldades para a classe trabalhadora. Tudo para preservarem suas isenções fiscais e aumentarem suas riquezas.

Por outro lado, as forças populares não conseguem se unificar. Uma parte acredita que atuando apenas no parlamento, poderá voltar ao governo; outros, consideram que somente a liberdade de Lula, o preso político do golpe de 2016, resolverá os problemas; alguns se sustentam em bandeiras segmentadas, baseadas nas lutas de identidades, sem nem ao menos debater a exploração capitalista. É cada um pensando em si, ao mesmo tempo que a direita, apesar de aparentes divisões, segue de forma criminosa atacando o povo e saqueando o Estado e o trabalho.

Esta elite preserva, com orgulho, seus valores escravagistas, sustentados no racismo, em uma cruel exploração do trabalho e da classe trabalhadora, concentração da terra e das riquezas produzidas, propagando e criando mitos para manter a maioria da população como sujeitos de segunda classe. O governo Bolsonaro é resultado da unidade dessas forças do atraso, dos herdeiros da capitanias e senhores escravagistas.

Para derrota-los é preciso unificar a herança dos guerreiros indígenas, negros, anarquistas, comunistas, sociais-democratas, cristãos verdadeiros e todos os setores populares, excluídos e marginalizados. É preciso uma unidade mínima dos partidos, sindicatos, movimentos pela liberdade Lula e identitários, para que tenham a capacidade de elaborar um programa mínimo, baseado na defesa dos interesses populares e nacionais, e assim forjar a unidade necessária para dar um basta a essa histórica injustiça das oligarquias tupiniquins.

A questão é quem tomará a iniciativa para construir esta unidade. O tempo não espera.

Comentários

  1. Excelente texto! Os dirigentes dos partidos de esquerda precisam deixar as vaidades pessoais e criar um projeto para barrar essa mediocridade que tomou conta do país.

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