Girón: a vitória de um povo revolucionário que preserva sua unidade inquebrantável



A chuva no começo da noite de terça-feira, 23, que desabou em Brasília, não desanimou a participação de dezenas de ativistas para participar do painel “Girón, primeira derrota do Imperialismo Yanque na América Latina”, realizado no auditório-teatro da Embaixada da Venezuela.

O debate lembrou a importância dos 58 anos da vitória do povo cubano contra os EUA, que tentou invadir Cuba com mercenários pela Playa Girón, na baia dos Porcos, em 17 de abril de 1961. Em apenas 72 horas Cuba derrotou os invasores. Essa vitória da revolução comprovou o acerto da direção do governo revolucionário, comandado por Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Raul Castro, que haviam conquistado o poder em 1 de janeiro de 1959.

As atividades, mediada pela jornalista Juliana Medeiros, começaram com os hinos brasileiro e cubano cantados, reforçando a amizade entre os dois povos.

O primeiro a falar foi o representante da Casa de Cultura Carlos Marighella e da TV Comunitária, Pedro César Batista, que destacou a importância do exemplo revolucionário do povo cubano, que nestes 60 anos de revolução tem comprovado sua unidade inquebrantável na defesa do socialismo. “Derrotar o imperialismo em Playa Girón foi resultado da ousadia revolucionária, que tem permitido enfrentar e vencer todos os desafios desde 1959, graças a união, organização e consciência revolucionária, exercendo o internacionalismo e a solidariedade na conquista da dignidade humana, com a construção da pátria socialista, como exemplo para todos os povos do mundo”.

Fernando Mousinho, em nome do Bloco Parlamentar Brasil Cuba, destacou o papel do comandante Fidel Castro na condução da derrota imposta ao imperialismo em Playa Girón. “O imperialismo organizou mais de 600 atentados para matar o comandante Fidel Castro”, relembrou Mousinho. Afonso Magalhães, pelo CDR – Internacionalista, relembrou o momento que o governo revolucionário, após derrotar os EUA em Playa Girón, declarou que Cuba daria início na construção do socialismo. “Foi uma decisão política do povo cubano enfrentar o inimigo imperialista e construir a pátria socialista”, afirmou.

Por mensagem em um vídeo, o ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodrigues Parrilla, denunciou a deplorável declaração com ameaças feitas pelo governo de Donald Trump contra Cuba. “A Doutrina Monroe segue viva, buscando a recolonização de nossa América”. O ministro Parrilla deixou claro a disposição revolucionária do governo e povo cubanos em seguir na gloriosa construção do socialismo, “pretendem agora com mais força que nunca provocar uma mudança de sistema político e econômico em Cuba, destruir a revolução, estão todos condenados ao fracasso pela fortaleza de nossas convicções”.

O embaixador de Cuba, Rolando Gómez González, destacou, durante sua intervenção, que “Cuba e Venezuela estão juntos na defesa da soberania e respeito aos povos”, “que o povo cubano em Girón defendeu o solo sagrado do país, seu povo e a revolução socialista”. Reafirmou que o povo cubano segue firme em sua convicção e unidade, “passaram-se 58 anos desde que derrotamos os EUA em Playa Girón, poderão vir mais 58 anos, 500 anos, o tempo que for preciso, quanto mais dura forem as agressões do imperialismo, maior é a nossa decisão em defender a revolução socialista, com a unidade indestrutível do nosso povo”.

Participaram também da atividade a embaixadora da Nicarágua, Lorena Martínez, o embaixador da Bolívia, José Kinn Franco, e o encarregado de Negócios da Venezuela no Brasil, Freddy Meregote. O embaixador da Bolívia, Franco, destacou a admiração que o povo boliviano sempre teve com a revolução cubana, “somos agradecidos por toda solidariedade que Bolívia sempre teve de Cuba”, afirmou.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) esteve representado por seu dirigente, Valter Sorrentino, e o Partido da Causa Operária (PCO) por Expedito Mendonça. Mendonça destacou que “se os métodos que o imperialismo usa hoje são outros, os objetivos são os mesmos, colonizar a América Latina, por isso defendemos, sem nenhuma vacilação, a soberania e autodeterminação dos povos” ...” nos miramos nos exemplos de Cuba e do Vietnã, que venceram o imperialismo”, finalizou.

O ato mostrou a admiração de brasileiros e outros povos pelo glorioso exemplo da vitória cubana contra o império yanqui, em Girón, e a resistência e disposição na construção do socialismo nos 60 anos, desde a vitória da revolução em 1959.

Gregório Ega

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