Uma longa caminhada por direitos e justiça

Saímos das cavernas, superamos a escravidão, depois derrotamos a servidão, chegando a indústria com sua produção em larga escala e aos tempos de alta tecnologia, como resultado do trabalho, da capacidade organizativa e produtiva de homens e mulheres que deixaram o sangue, a dor e sacrifício.



Pedro César Batista

Em centenas de milhares de anos os diversos tipos de homos conseguiram domesticar os animais, as plantas, descobrir o fogo e desbravar o espaço. Saímos das cavernas, quando disputávamos carniças com outros animais para um tempo em que computadores realizam complexas cirurgias cardíacas, garantem uma comunicação interplanetária de alta qualidade e uma elevada produtividade de bens e serviços em todas as áreas.

Conseguimos superar a crueldade em suas formas mais primitivas, desenvolvendo formas de relacionamento e convivência social, sustentada no respeito, solidariedade e com normas bem estabelecidas em relação ao direito individual e coletivo entre comunidades e nações.

Ainda assim, há quem pensa ser uma escolha divina para decidir os destinos de pessoas e povos, que tudo faz para manter seus privilégios, assegurar a exclusão da grande maioria da população do acesso ao conhecimento científico e da qualidade de vida compatível aos tempos modernos. Tudo que a humanidade obteve ao longo do tempo foi resultado da ousadia, coragem e combate dos que produziam as riquezas e eram alijados do acesso ao resultado de seu trabalho. Nada foi presente de algum governo ou setores dominantes.

Uma caminhada sem fim, com uma trajetória repleta de ciladas, desvios e precipícios, que permanece a frente da espécie humana e de todos os seres vivos do universo.

Assegurar que o desenvolvimento histórico continue exige a superação da prática de exploração de homens e mulheres por outras mulheres e homens, romper a prática da cruel exploração contra as classes oprimidas, praticadas por classes que acumularam riquezas graças à violência em todas as suas formas. Os herdeiros das classes opressoras seguem criando justificativas, buscam seguir controlando as riquezas e o conhecimento produzido por homens e mulheres que vendem sua força de trabalho, manual ou intelectual.

Os sapiens avançaram no tempo por ousarem descobrir o desconhecido, enfrentar forças aparentemente instransponíveis, mais fortes e cruéis. Assim se enfrentou o frio, a fome e a violência dos senhores escravagistas, da nobreza e é necessário encarar a burguesia e suas armas, sua violência e mentiras. No passado a burguesia foi ousadia na luta contra a nobreza, agora cabe à classe trabalhadora fazer um novo tempo, construir o mundo socialista. Construir um mundo de justiça, igualdade e paz entre as pessoas e as nações. Chegamos aqui e muito mais longe somos capazes de chegar.

Saímos das cavernas, superamos a escravidão, depois derrotamos a servidão, chegando a indústria com sua produção em larga escala e aos tempos de alta tecnologia, como resultado do trabalho, da capacidade organizativa e produtiva de homens e mulheres que deixaram o sangue, a dor e sacrifício.

É preciso olhar para trás, ver a longa marcha da história da humanidade, que nos permitiu chegar aqui, assim conseguiremos desmascarar os opressores e exploradores que, com suas velhas mentiras, sempre usadas para tentar impedir que um novo tempo seja conquistado, sigam impondo o medo, a dor e a morte. Somos a conquista da vida e da justiça. Somos a vida e a resistência.

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