Ocupar às ruas para barrar o fascismo



Um governo que nasce de mentiras. Mentiras que foram usadas no passado e se repetem, criando um inimigo fictício, interno e perigoso, que, segundo o vitorioso, coloca em risco a família, a moral e a propriedade.

O ato de posse foi mais uma farsa. Inventou-se que haveria ataques terroristas, sitiando a Capital Federal, jornalistas e espalhando o medo. Propagou-se que seria o maior evento na história de Brasília. Tudo um fiasco.

O povo não foi. Lá estiveram os reacionários, setores empresariais e aqueles manipulados pelas mentiras propagadas nas redes virtuais, mídia e pastores negociantes. A Esplanada estava vazia. Inventaram que participaram 115 mil pessoas. Mais uma mentira. 100 mil pessoas lotam o gramado da Esplanada entre a Catedral e Congresso, que esteve durante toda a tarde de domingo vazio.

Os discursos repetiram o bordão fascista, de amor à pátria e a sujeição a deus, para combater os vermelhos e tirar o país do socialismo. A esposa dele, que inovou, teve seu discurso desmentido no primeiro dia útil de exercício de governo, quando a secretaria responsável por políticas de surdos e mudos foi extinta.

Na manhã de quarta-feira, em seu primeiro encontro o capitão foi bater continência para o representante do EUA. Antes, porém, baixou o decreto reajustando o salário mínimo com valor inferior ao previsto no Orçamento da União, extinguiu a Secretaria da Diversidade, Alfabetização e Inclusão do MEC, retirou da FUNAI o papel de demarcar as terras indígenas, determinando que o Ministério da Agricultura assuma este papel. Extinguiu conselhos e começou a perseguição aos funcionários públicos e terceirizados.

Não foi por falta de aviso. O capitão esteve por 27 anos no parlamento, seus discursos e ações são conhecidas. Agora está na Presidência da República, fará tudo que sempre defendeu como deputado e militar, sua história é pública.



A mentira, violência e terror que ele representa, seus valores fascistas que sustentam a violência que ele, Moro e et caverna representam somente poderão ser impedidas e enfrentadas com a força do povo, que precisa ser chamado às ruas, estar organizado, consciente e disposto a derrotar os traidores da pátria e do povo brasileiro. No primeiro dia de governo prejudicou surdos, mudos, LGBTs, índios e aqueles que vivem do salário mínimo. E virá muito mais para atender seus patrões, os grandes capitalistas internacionais e os sionistas, os nazistas da atualidade.

Toda a maldade e crueldade que o capitão e sua turma defendem serão praticadas. Não duvidem. A grande imprensa ficará calada. As redes sociais não mobilizam, pelo contrário, confundem e dividem. A hora é de organizar, mobilizar e defender o direito ao trabalho, educação, saúde, a terra e a dignidade humana. Somente o povo na rua poderá mudar a história e retomar o caminho da civilidade.

Pedro César Batista

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