1,5 mil pessoas pedem veto do Código Florestal durante ato em Brasília



Manifestantes cobram a presidente promessa de veto do Código Florestal.

Cerca de 1,5 mil pessoas, de 24 estados brasileiros, reunidas em frente ao Congresso Nacional protestaram contra a aprovação do novo Código Florestal (PLC 30/2011). Os manifestantes ergueram faixas pedindo o “Veta Dilma” e cobraram as promessas de campanha da presidente.

Coordenada pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável – em que o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) faz parte -, a manifestação contou com a presença de representantes de movimentos sociais, organizações da sociedade civil, cientistas, deputados e estudantes.

Para as lideranças do Movimento Sem Terra (MST) presentes no ato, a aprovação do Código Florestal irá gerar danos irreversíveis para a população do campo e, consequentemente, prejudicará aqueles que vivem na cidade. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 80% dos alimentos e peixes consumidos pelo brasileiro são produzidos pela agricultura familiar.

Além de anistiar o desmatamento o texto do Código Florestal anula multas de crimes ambientais, reduz Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reservas Legais e desobriga a recuperação das áreas ilegalmente desmatadas.

Representantes de organizações da sociedade civil defendem que o texto está muito ruim e representa um grande prejuízo para o Brasil. Para Raul Silva Telles do Valle, do Instituto Socioambiental (ISA) “o ato a insatisfação da sociedade civil para com a proposta do Código. A sociedade civil não vai engolir qualquer texto.” Mas, apesar dos pedidos de cientistas, juristas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais para que o processo seja revisto e realizado de forma responsável, o Projeto de Lei está agendado para ser votado já no dia 13.

A mobilização teve início às 8h, em frente à Catedral e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Às 11h, os manifestantes participaram de reunião na Comissão de Meio Ambiente da Câmara e depois dividiram-se em grupos para visitar e pressionar os deputados de seus estados.

Assessoria de Comunicação GTA

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