Enquanto isso, no Ministério da Agricultura...

Blog da Reforma Agrária - Acordamos nesta segunda-feira com uma verdadeira pérola do Estadão. Quem nunca ouvi a expressão do desenho animado: "Enquanto isso, na Sala de Justiça"? Pois bem, A CPI vai tentando de qualquer forma criminalizar trabalhadores rurais e sindicatos. Enquanto isso, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, um órgão a serviço do agronegócio, denúncias de corrupção envolvendo a CONAB não param de pipocar.
O mais interessante é que a mídia e sua orientação de pauta de atacar Governo Federal, trabalhadores organizados, e trabalhadores Sem Terra acha que tá descobrindo a pólvora atancado os três ao mesmo tempo, quando na verdade só põem o estrume no ventilador de práticas de coronéis, latifundiários e agenciadores de trabalho escravo!!
Ao que parece o repórter do estadão quis fazer uma denuncia atacando movimentos sociais governo e trabalhadores, mas vamos ler uma notícia aqui e ver que o profissional corre o risco de ser demitido (se der sorte vai pro horóscopo por três meses, de castigo)!!! Vamos aos fatos e às versões sem demora? Comentários meus em negrito!
Governo pagou R$ 3,3 milhões a sindicato que terceiriza mão de obra[opa! Pelo título, o Lula fez tramóia]
Sintram retém 15% do dinheiro destinado ao pagamento dos trabalhadores, prática considerada ilegal[opa! Pelo sutiã, a tramóia tem a ver com sindicatos, trabalhadores. Que coisa feia!]
BRASÍLIA- O governo federal pagou R$ 3,3 milhões nos últimos sete anos pelos serviços prestados por um sindicato de fachada que, em vez de representar os interesses dos trabalhadores, atua como empresa de terceirização de mão de obra. [ o lead - primeiro parágrafo da matéria em que se diz ao leitor quem fez o quê, onde , porquê e de que forma - mostra indubitavelmente uma relação questinável entre governo e sindicatos. uma denúncia séria!! Denunciemos as irregularidades!!]
O dinheiro foi repassado pelo Ministério da Agricultura ao Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral (Sintram) da cidade de Montividiu, em Goiás.
[Opa opa! Aqui o texto mostra quem no Governo Federal: Ministério da Agricultura e Sintramm um sindicato. vamos seguindo]
A reportagem do Estado esteve sexta-feira na cidade de 9 mil habitantes e encontrou, no endereço fornecido pelo sindicato ao governo, um pequeno imóvel alugado de dois cômodos, sem placa de identificação, ao lado de um salão de beleza.
Neste domingo, 23, o Estado revelou que o País registra a abertura de um sindicato por dia. [Pelo o pouco que sei, na social democracia representativa quantos mais entidades representativas de cateogrias e classes, sejam patronais ou de trabalhadores melhor, né?] Sem fiscalização, a montagem das entidades virou um grande negócio em torno do imposto sindical, que movimenta R$ 2 bilhões por ano. [Abertura de sindicatos de fachada é realmente um absusrdo!] No caso do Sintram, além de abocanhar um parte desse dinheiro, o sindicato fecha contratos com empresas agrícolas para fornecer mão de obra e retém 15% do dinheiro destinado ao pagamento dos trabalhadores, prática considerada ilegal pelo Ministério Público do Trabalho.[Arrãm! Empresas agrícolas! Um pequeno detalhe na matéria, né? Não! Detalhe importante! Uma nova forma de trabalho escravo, que serve para, sobretudo as grande propriedades monocultoras e de uso de mão de obra sazonal]
A região Centro-Oeste é a principal fonte de renda do Sintram [ será a de maior crescimento do agronegócio por coincidência?], presidido por Djalma Domingos dos Santos, responsável pela montagem de uma rede de sindicatos em outras cidades de Goiás, além de Mato Grosso, Tocantins, Bahia e Distrito Federal. Em Brasília, o endereço fornecido pela entidade ao governo é fictício. Somente na região de Rio Verde (GO), o sindicato chega a faturar R$ 1 milhão com a retenção ilegal de parte do salário dos trabalhadores. [Opa! Denúncia Grave!! O Ministério da Agrcultura deve ir correndo investigar o local de fachada em Brasília! Sindicância e processo administrativo na Conab!]
A unidade de Montividiu, que recebeu os R$ 3,3 milhões do Ministério da Agricultura desde 2004 - sendo R$ 708 mil só no ano passado - é alvo de um inquérito do Ministério Público pela suspeita de aliciamento de trabalhadores nordestinos, coação, condições precárias de trabalho e fraudes trabalhistas.[o que dizer? Lavagemd e dinheiro em Motevidéu? Não! Em Montividiu. Parecem ser calúnias contra um sindicato a serviço dos trabalhadores!]Segundo o Ministério da Agricultura, o pagamento ao Sintram foi feito por conta do serviço de carga e descarga de caminhões prestado para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
"O sindicato venceu um processo licitatório realizado", disse o superintendente-substituto da Conab em Goiás, Emil José Ferreira.
Prorrogação
O contrato já foi prorrogado quatro vezes. [ então tá tudo certo e faz tempo que ninguém percebeu nada na Conab!] "Não sabíamos do processo", disse Ferreira ao ser questionado sobre a investigação do Ministério Público. "Agora que fomos informados, vamos avaliar o que fazer", afirmou. "Do ponto de vista da legislação (de licitação), está tudo certo".
Os pagamentos do Ministério da Agricultura ao sindicato ocorrem mensalmente. Eles só são efetuados após ser verificada a situação da empresa no Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização (Sicafi) do governo federal. Ele informa se há dívidas na Receita Federal, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na Dívida Ativa da União e, no caso de uma prestadora de serviço, junto ao fisco municipal. "Não constam problemas lá", disse Emil.
A legislação sobre o setor de carregamento de mercadorias, atualizada no ano passado pelo Congresso, permite ao sindicato apenas "intermediar" a contratação dos chamados "trabalhadores avulsos". [terceirização? ou aliciamento, também chamado no meoi rural de "gato"] Mas não prevê contratos de prestação de serviços, nem retenção compulsória de parte dos salários. Além da investigação do Ministério Público do Trabalho, o presidente do sindicato responde ação penal por sonegação fiscal. Procurado pelo Estado, Djalma Domingos dos Santos afirmou: "Não tenho nada a dizer. É problema seu". [deve ser apenas perseguição polítiica da oposição ao sindicato - se é que existe! Um trabalhador honesto que em outra matéria é acusado apocrifamente de usar revolver para intimidar, coitado! ]
Aqui chegamos ao fim, mas vamos recaptular rapidinho! no título o "Governo do Lula estava repassando dinheiro irregular para trabalhadores rurais" Estadão solta uma matéria no domingo falando do problema dos sindicatos e este na segunda. Que coincidência! Reparem a hora, zero hora de segunda, um dia que todos sabem, difícl de ter novidades quentes em jornais, excessão a editorias de esportes e agendas do fim de semana.
Me permitam um estranhamento. O que tem a ver abertura de sindicatos com a denúncia de fraude por um sindicato?O Mas.. reparem existe um raciocínio implícito na matéria! Quer dizer que são abertos sindicatos para realizarem irregularidades?Bom isso não é um fato.. é um tese! Será que a notícia vai comprová-la? Ou ao menos tem informações para partir deste caso específico deste caso para uma generalização de TODOS os sindicatos? Reporter e Editor não estão se entendendo no Estadão.. alguém parece brigar com os fatos neste caso.
Agora, lendo melhor e, tendo um conhecimento mínimo sobre a que grupo político o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pertence, há de se estranhar a distância entre o título e a matéira em si! A Conab está subordinada ao Ministério da Agricultura . Tratam-se de denúncias de corrupção envolvendo Conab, e sindicatos falcatruas para aliciamento de trabalhadores e apropriação indevida de recursos dos trabalhadores!
O mais engraçado é ver comentários no site do Estadão como o de Umberto , que parece que não leu direito a matéria." O Lula tem dinheiro para distribuir à centrais sindicais, tem dinheiro para as ONgs repassarem ao MST, só não tem para os aposentados. Mesmo com notícias como essa, ainda tem petistas que querem manter esse desgoverno". Há algo de podre no Reino do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Mas o Estadão já matou a charada: a culpa deve ser dos Sem Terras
Afinal, a quem interessa esta precarização do trabalho? Provavelmente aos trabalhadores, que adoram este tipo de "flexibilização" do trabalho e devem utilizar este sindicato para lutar por isso, com muito afinco..]
Este é o caso clássico não de pirâmide invertida mas de inversão dos fatos! Apurem-se as denúncias e vejamos a quem interessa este esquema!
Obrigado, Estadão, por mais esta denuncia contra os seus inimigos: o pessoal do agronegócio! Quanto ao Reporter... Que os astros do Zodiáco o ajudem a superar o inferno astral que se anuncia na vida profissional!

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